Números indicam tendência de manutenção do alto patamar das vendas de imóveis usados na capital; mais de 75% das negociações utilizam financiamento
Enquanto a vida em sociedade retorna à normalidade, com a queda cada vez mais acentuada de novos casos de Covid-19 e o avanço da vacinação, o mercado de imóveis usados em Curitiba entra em ciclo de estabilização, com tendência de manutenção do alto patamar de negociações.
O último levantamento do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR, sobre o setor apontou que o índice de Vendas de Usado Sobre Oferta (VUSO) em março de 2022 foi de 5,1% nos imóveis residenciais, repetindo o resultado verificado em fevereiro. A média apurada para o primeiro trimestre do ano foi de 4,9%, mesmo resultado do primeiro trimestre de 2021 e 1,9 ponto percentual (p.p.) a mais do que se teve em igual período de 2020 (3%).
“Desde o ano passado o mercado imobiliário tem registrado bons números na capital paranaense. O que os números dos três primeiros meses deste ano indicam é que o setor deverá continuar aquecido, em especial no segmento de vendas de imóveis usados”, comenta o presidente do Inpespar, Luciano Tomazini.
A pesquisa do Inpespar também demonstrou que o financiamento segue como a modalidade de pagamento preferida dos compradores. 75,7% das negociações fechadas em março em Curitiba utilizaram financiamento, 1,2 p.p. a mais do que o observado no mesmo mês de 2021. Na média trimestral, os financiamentos responderam por 76,1% das negociações, crescimento de 1,3 p.p. em comparação com igual período do ano passado (74,8%).
“Desde novembro de 2020, o percentual de utilização de financiamentos para as aquisições de imóveis usados na cidade se mantém, ininterruptamente, acima dos 70%, devido à boa oferta de crédito no mercado. A previsão da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança [Abecip], por exemplo, é de que até o fim de 2022 o financiamento imobiliário atinja um volume recorde de R$ 260 bilhões no país”, afirma o vice-presidente de comercialização imobiliária do Secovi, Josué de Souza.
Ticket médio – Outro índice que teve crescimento no primeiro trimestre deste ano em comparação com os três primeiros meses de 2021 foi o ticket médio dos imóveis usados comercializados na capital. Segundo o Inpespar, a média apurada para o período em 2022 foi de R$ 357,7 mil, crescimento de, aproximadamente, 4,4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (R$ 342,6 mil).
O Centro continua sendo o bairro mais buscado por quem deseja adquirir um imóvel usado na cidade, tendo respondido por 8,3% das negociações realizadas no último mês de março. Em seguida, vêm CIC (4,6%), Água Verde (4,2%), Bairro Alto (4,2%) e Santa Cândida (4,2%).