De acordo com a designer de interiores Giseli Koraicho, a avaliação sobre o equipamento deve ser feita desde o início do projeto residencial ou comercial
Para o conforto térmico, principalmente nos períodos mais quentes do ano, grande parte dos apartamentos e casas contam com, pelo menos, um ar-condicionado. Neste projeto de quarto infantil realizado pela designer de interiores Giseli Koraicho, era essencial que ele fosse considerado em um ponto livre para a circulação do ar | Projeto Infinity Spaces Arquitetura e Interiores | Foto: Eder Bruscagin
O ar-condicionado tem se tornado um item ‘comum’ nos lares do Brasil. No Rio de Janeiro, por exemplo, empresas do setor constataram, no final de 2023, um aumento de 500% na busca por instalação, manutenção e conserto dos aparelhos. Para a designer de interiores Giseli Koraicho, à frente do escritório Infinity Spaces Arquitetura e Interiores, o ideal é considerá-lo junto com o início do projeto de reforma. “Dessa forma, conseguimos nos apropriar melhor dos recursos disponíveis no equipamento“, ressalta.
O ar-condicionado e a saúde dos moradoresO conforto térmico é indiscutível, mas a falta de cuidados pode incorrer na proliferação de fungos e bactérias advindas do acúmulo de umidade e condensação do ar-condicionado – um perigo que ocasiona alergias, gripes, resfriados e outras doenças mais sérias de trato respiratório. Junto a isso, a profissional levanta outra questão: a intensidade do fluxo de ar frio. “Um arranjo muito próximo da cama, por exemplo, deixa as pessoas expostas, por muito tempo, ao funcionamento do aparelho e isso não é bom”, adverte.
Em ambientes infantis o cuidado precisa ser redobrado. Neste projeto elaborado pela designer de interiores Giseli Koraicho, o ar-condicionado foi inserido acima da porta de entrada e longe do berço, evitando que a criança fique com sua saúde desprotegida | Projeto Infinity Spaces Arquitetura e Interiores | Foto: Eder Bruscagin
Problemas na vida útil do equipamento e na estrutura do imóvel
Se a má instalação não afetar diretamente na saúde dos moradores, pode interferir na vida útil do equipamento prejudicada por conta de questões como a sobrecarga do motor, compressor ou outros componentes do ar-condicionado. Ademais, o desconforto percebido pelo ruído excessivo e o vazamento de gás também interferem na longevidade.Inclusive, o posicionamento inadequado da tubulação e a umidade externa da peça têm o potencial de danificar paredes, forros e telhados e ocasionar infiltrações. “A má vedação também colabora para o aumento do consumo de energia, que é algo que ninguém quer”, alerta a designer de interiores.
A fixação precisa ser pensada de forma sustentável. No projeto acima, o ambiente possui uma grande área e a esquadria de vidro proporciona uma abundante ventilação natural. Assim, embora a designer de interiores Giseli Koraicho tenha considerado a aplicação de um ar-condicionado, ele é acionado apenas em ocasiões pontuais| Projeto Infinity Spaces Arquitetura e Interiores | Foto: Dotta Photo
Considerar desde o início do projeto evita problemas
Experiente, Giseli destaca que em um projeto na planta, logo na fase de avaliação das tubulações e fiações, é importante considerar o local do ar-condicionado tanto na área interna, quanto externa. “E claro, sempre em parceria com a equipe técnica“, orienta.Mas quando se trata de um projeto de reforma, principalmente de imóveis antigos, é preciso reavaliar as instalações do imóvel, pois uma estrutura antiga interfere diretamente no cronograma de aplicação do equipamento. “Em alguns casos, faz-se necessário readaptar a estrutura e os revestimentos para acomodá-lo“, realça a profissional.
Nessa sala de jantar executada pela designer de interiores Giseli Koraicho, a infraestrutura existente foi previamente disponibilizada pela construtora. No apartamento de 70m², a projeção do local da inserção foi feita perfeitamente tanto pelo tamanho do equipamento que proporciona resfriamento para a sala toda, quanto pelo espaço livre de obstáculos e protegido da incidência de sol. Projeto Infinity Spaces Arquitetura e Interiores | Foto: Eder Bruscagin
Considere o melhor local
Os locais mais comuns para a colocação do equipamento são os ambientes mais frequentados pelos moradores, preferencialmente aqueles com área mais abrangente. “Dentre esses ambientes estão os dormitórios, sala de jantar e estar, além da varanda gourmet”, relembra a especialista.No dormitório, um ponto recomendado para a instalação é acima da cama, com 1,5 m de distância e 1,8 m de altura com relação ao piso. “Essas ressalvas garantem que o fluxo de ar não impacte diretamente sobre as pessoas“, explica.
Na primeira imagem, a infraestrutura foi prevista internamente na parede do banheiro pela construtora, ficando do lado superior esquerdo da cama. Já no segundo quarto, a designer de interiores Giseli Koraicho trabalhou com uma reestruturação de apartamento antigo | Projeto Infinity Spaces Arquitetura e Interiores | Fotos: Eder Bruscagin / Dotta Photo
Para muitos pode ser incomum, mas sim, a cozinha também pode receber um ar-condicionado – desde que o projeto também considere o emprego de uma coifa para evitar a impregnação de odores. “Cada cozinha precisa ser avaliada para que a colocação ocorra em um local que não comprometa o calor gerado pelo fogão e forno”, alerta Giseli.
Nessa área social, o ar-condicionado foi acrescentado em uma área estratégica em um ambiente integrado: o fluxo de ar é direcionado para a sala, mas circula com facilidade pelos demais espaços | Projeto Infinity Spaces Arquitetura e Interiores | Foto: JP Image
Número de equipamentosTer mais de um ar-condicionado no imóvel tem sido uma decisão recorrente nos projetos mais novos. Entretanto, a implementação dependerá do tamanho do imóvel e a análise sobre a incidência solar no cômodo. “Essa informação nos ajuda a dimensionar a necessidade de um equipamento mais potente ou, até mesmo, considerarmos mais de um“, pontua Giseli. Por outro lado, edificações com um bom isolamento térmico resulta em ambientes mais frescos e que dispensam a necessidade do item
Na reforma desse apartamento, a designer de interiores Giseli Koraicho promoveu a demolição de um quarto de hóspedes para ampliar a sala de TV e integrá-la com o jantar. Dessa forma, ela aproveitou a infraestrutura do local para a inserção dos dois aparelhos | Projeto Infinity Spaces Arquitetura e Interiores | Foto: Dotta Photo
obre a Infinity Spaces Arquitetura e Interiores
Designer de interiores formada pela Panamericana de Arte e Design e especialista em neuroarquitetura, Giseli Koraicho comanda a Infinity Spaces, que tem como principal meta transformar sonhos em realidade. Presente há mais de uma década no mercado residencial, comercial e corporativo, Giseli conta com uma equipe gabaritada de arquitetos e designers de interiores no desenvolvimento de projetos que buscam tratar cada cliente como único e superar as expectativas. “Nada melhor do que entregar um trabalho e constatar que o morador se sente acolhido pelos ambientes e reconhece sua personalidade em todos os espaços”, afirma. Em seu portfólio corporativo, Giseli reúne grandes empresas do mercado de escritórios, como a Infinity Officing Network (HQ Global Workplaces), para as quais criar projetos com ambientes personalizados, infraestrutura completa e espaços totalmente flexíveis.
Infinity Spaces Arquitetura e Interiores
Designer de Interiores Giseli Koraicho
(11) 3736-8600
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