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O conhecimento das nuanças profissionais e o planejamento prévio são indispensáveis para a viabilidade de qualquer projeto. Saiba mais no artigo do João Teodoro, presidente do Sistema Cofeci-Creci!
 

[04/2023] No ano passado (2022), foram criadas no Brasil 3,838 milhões de novas empresas contra o fechamento de 1,696 milhões. Rédito de 2,142 milhões; retração de 4,8% em relação a 2021; aumento de 14,1% sobre 2020. O ano de 2022 fechou com 20.191.290 empresas em atividade. Os dados são do MDIC — Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços em parceria com o Serpro — Serviço Federal de Processamento de Dados. O boletim foi divulgado pelo DREI — Departamento Nacional de Registro Empresarial, órgão do MDIC.

Entretanto o IBGE — Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística afirma que 80% das micro e pequenas empresas não chegam a completar um ano de atividade e, das que sobram, 60% fecham antes de completar cinco anos. Apesar dos aparentes fracassos, os números indicam que o Brasil é um país altamente empreendedor. Não é diferente no mercado imobiliário. Muitos colegas se aventuram na abertura de empresas. Não poucos, no primeiro ano de credenciamento. Mas por que a maioria das pequenas empresas não consegue sobreviver?

Embora o tema seja complexo, a resposta é relativamente simples e direta: falta de preparo e de planejamento. O Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas assevera que a maioria dos novos empreendedores não se preocupam em conhecer o mercado em que pretendem operar, antes do início das atividades, e não fazem planejamento estratégico. Agem por intuição. Infelizmente, a maioria fracassa! Um bom plano de negócio leva à boa gestão. Esta, por sua vez, clarifica e torna eficientes todos os processos que a envolvem.

Para começar, é preciso pensar nos problemas mais imediatos, dentre eles: valor do investimento; como conseguir o dinheiro exigido, a que custo?; carga tributária; mão de obra necessária; nicho de mercado pretendido; zona de atuação; concorrência. Enfim, há muitos fatores a serem considerados. Por isso, se o empreendedor tem pouca ou nenhuma experiência, o melhor é procurar ajuda especializada, como o Sebrae, por exemplo. Uma abalizada análise SWOT é indispensável para o sucesso de qualquer empresa, inclusive imobiliária.

SWOT – Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats, do idioma inglês, significa forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Infelizmente, os cursos preparatórios para corretores de imóveis sequer cogitam falar em planejamento empresarial, em notório desprezo ao potencial empreendedor desses profissionais. Por outro lado, alguma experiência de mercado é fundamental.

Nos Estados Unidos, os corretores têm de vincular-se, necessariamente, a uma imobiliária (broker), por pelo menos dois anos, antes de abrirem seus próprios negócios. No Brasil, o exercício da atividade de intermediação imobiliária é regulamentado por lei própria, a Lei 6.530/78, que exige formação específica. Há, portanto, uma reserva técnica legal de mercado. Ou seja, o exercício da profissão é livre, mas há exigências legais a serem cumpridas. Essa característica nos confere vantagem competitiva, mas não nos autoriza ignorar demandas próprias mercado. O conhecimento das nuanças profissionais e o planejamento prévio são indispensáveis para a viabilidade de qualquer projeto!

Sobre João Teodoro da Silva: Nascido na cidade de Sertanópolis, no Estado do Paraná, João Teodoro da Silva iniciou a carreira de corretor de imóveis em 1972. Ele é empresário no mercado da construção civil em Curitiba (PR). Graduado em Direito e Ciências Matemáticas, foi professor de Matemática, Física e Desenho na PUC/PR. É técnico em Edificações e em Processamento de Dados e possui diversos cursos de extensão universitária pela Fundação Getúlio Vargas. Foi presidente do Creci-PR por três mandatos consecutivos, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Paraná de 1984 a 1986 e diretor da Federação do Comércio do Paraná. No Cofeci, atua desde 1991, quando passou a exercer o cargo de conselheiro federal, e é presidente desde 2000.


Sobre o Sistema Cofeci-Creci: Composto por um Conselho Federal e 25 Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis em todo o Brasil que têm a função de normatizar e fiscalizar uma profissão de grande relevância para o desenvolvimento da nação. O Sistema funciona sob a égide da lei 6.530, de 12 de maio de 1978 e engloba cerca de 500 mil Corretores de Imóveis e 72 mil empresas de intermediação de negócios imobiliários. Outras informações: site do Cofeci

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