Edifício Seventy Upper Mansion tem previsão de entrega para dezembro deste ano. Empreendimento segue tendências e necessidades que surgiram na pandemia para o mercado de luxo
Curitiba está a poucos meses de ganhar uma mansão suspensa. Trata-se do Seventy Upper Mansion, edifício que está em construção junto a um bosque preservado no bairro Ecoville, que é um dos mais valorizados da capital. A previsão de entrega é para dezembro deste ano. O empreendimento da construtora Andrade Ribeiro está com cerca de 70% das obras concluídas neste mês de março de 2022 e promete agregar as necessidades que a pandemia demandou à população nos últimos dois anos às comodidades de imóveis de luxo.
O edifício conta com apartamentos com área de 340 metros quadrados privativos e opções de 4 ou 3 suítes. A construtora aposta na tendência de imóveis mais amplos, na proximidade de serviços e na valorização de cômodos e áreas comuns, além da maior qualidade de vida nas moradias, demandas intensificadas devido à pandemia de Covid-19.
Além da necessidade que o home office trouxe, de espaços exclusivos para o trabalho remoto, um cômodo em especial teve grande importância nesse período: a cozinha, em decorrência de as famílias passarem mais tempo em casa e aproveitarem esse período para cozinhar mais, ao invés de irem a restaurantes, por exemplo. “A localização privilegiada, de preferência com vistas desimpedidas (ou seja, sem obstáculos para visão), além da proximidade a áreas de preservação ambiental, são também qualidades esperadas pelos futuros moradores”, afirma o engenheiro civil e sócio-diretor da Andrade Ribeiro, Joaquim Ribas de Andrade Neto.
Outros pontos definidos como diferenciais para o futuro morador se interessar por imóveis neste novo contexto são: valorização de espaços comuns, maior conforto térmico e acústico dos imóveis e a proximidade e facilidade de encontrar serviços nos arredores das casas e apartamentos.
O Seventy Upper Mansion é um exemplo dessa tendência. Aliado a essas questões está o fato de as plantas dos apartamentos do edifício terem sido projetadas com otimização dos espaços, para enfatizar a vista, o conforto e o estilo de vida. O empreendimento ainda conta com piscina e espaço para festas elevados com vista panorâmica da cidade.
Crescimento do mercado de imóveis de luxo
O avanço nas obras do edifício curitibano ocorre em um momento de expansão do mercado de médio e alto padrão no país em 2021. Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostram que no último trimestre móvel analisado (setembro-outubro-novembro do ano passado), o crescimento foi de 182% no número de lançamentos de imóveis de médio e alto padrão na comparação com o mesmo período de 2020.
No acumulado dos onze primeiros meses de 2021, segundo a entidade, o aumento foi de 204,2% no comparativo de lançamentos com o mesmo período do ano retrasado. Também houve crescimento nas vendas de imóveis: o aumento foi de 10,2% no último trimestre móvel analisado na comparação com igual período de 2020. Já no acumulado dos onze primeiros meses de 2021, a alta nas vendas foi de 16%, segundo a Abrainc.
Recuperação após picos da pandemia
Na opinião do engenheiro civil, esse aumento se deve a alguns fatores. Entre eles está a retomada do setor depois da queda nos indicadores no início da pandemia de Covid-19. “Nesse período de recuperação do setor a demanda por imóveis de alto luxo aumentou devido a melhores condições de financiamento aliadas a baixa taxas de juros”, analisa.
Para o ano de 2022, ao menos no recorte do Paraná, na opinião do engenheiro civil, o mercado de médio e alto padrão pode apresentar certa melhoria em relação ao cenário nacional. O avanço, na avaliação do especialista, deve ocorrer pela influência positiva do setor de agronegócio, fato que pode resultar no poder aquisitivo do mercado consumidor de imóveis de luxo.