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Não há dúvidas de que nos últimos dois anos a pandemia foi um risco global desconhecido que nenhum setor poderia ter antecipado. Apesar de as coisas estarem voltando ao normal, isso não significa que ainda não haja desafios para serem enfrentados.

Em 2022, diferentes problemas precisam ser superados para não impedir a construção civil de avançar. 

Isso porque, apesar do segmento se mostrar aquecido, os juros altos, ano eleitoral, guerra e a falta de insumo são algumas das principais preocupações dos empresários atualmente.

Não se pode ignorar o fato de que o rápido aumento dos preços dos produtos de petróleo e gás, provocado em grande parte pelo ataque russo à Ucrânia, continua ameaçando a recuperação global. Como consequência, afeta também os custos para a construção. 

Portanto, apesar da demanda por materiais e suprimentos seguir aquecida, a distribuição acaba sendo afetada. Fator que impacta diretamente a disponibilidade e o preço das matérias-primas e dos equipamentos. 

E como isso por si só já não bastasse, a alta dos juros que, em março, atingiu 11,75% ao ano e já aponta para 12,75%, segundo indicações do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, desestimulam os negócios. 

Além disso, investidores tendem a agir com mais cautela em ano eleitoral, reduzindo o ritmo das atividades econômicas de forma geral. 

Tais questões podem até ser consideradas sazonais. Mas há um tema antigo, que persiste no nosso setor: conseguir contratar e reter pessoal qualificado. 

Sabemos que a indústria da construção civil no Brasil criou aproximadamente 76 mil novos postos de trabalho somente no primeiro bimestre do ano. Embora as oportunidades de emprego no segmento estejam em ascensão, a baixa oferta de mão de obra pode estagnar o setor. 

Sim. A rotatividade de pessoal e a falta de qualificação continuam entre os desafios mais significativos para as construtoras.

A saída tem sido tomar medidas proativas para minimizar o impacto para o setor e garantir mão de obra qualificada. Entretanto, investir em centros de treinamento gera um custo a mais para as construtoras, que nem todas conseguem arcar.

Obviamente todos os anos há uma série de desafios para diferentes indústrias ao redor do mundo. A da construção não é exceção. Mas será possível superar? Certamente.

Estamos vendo um movimento crescente de otimismo entre os empresários, que estão revisando seus negócios e implementando novas estratégias com objetivo de beneficiar a todos os envolvidos e manter o segmento aquecido mesmo diante das dificuldades. 

Essa agilidade em se adaptar deve permanecer vital se a construção civil quiser superar esses tempos difíceis. 

Ao compreender melhor e abordar de forma ativa as mudanças à frente, o setor estará mais preparado para superar os vários novos desafios que certamente virão.

*Artigo assinado por Bruno Fabbriani, CEO da BFabbriani Incorporadora, que tem como objetivo oferecer soluções inteligentes ao setor imobiliário.