Maresia, ventilação e funcionalidade. A arquiteta Ana Johns revela todos os truques para não errar na construção da residência litorânea
Com a chegada do verão, cresce o desejo de construir uma casa no litoral para passar as férias. E é claro que sempre buscamos conforto para a família toda aproveitar esse período. Pensando nisso, a arquiteta Ana Johns, à frente do escritório Ana Johns Arquitetura, elencou os principais cuidados que devemos ter na hora de projetar uma casa de praia. Ao contrário de um imóvel na cidade, a região litorânea e a função que a casa vai exercer são determinantes para a escolha dos materiais, revestimentos e até para a distribuição dos cômodos.
Segundo a arquiteta, quando pensamos em casas no litoral precisamos ter alguns cuidados: primeiro com a umidade do ambiente, que é muito alta, segundo com a corrosão que é comum por conta da maresia e, por fim, a questão da funcionalidade. Para resolver o problema da umidade, Ana atenta para a orientação solar da construção. “Tendo em mente as características climáticas do litoral, é importante ter luz natural direta entrando na casa, além de uma boa circulação de ar, com o intuito de evitar a umidade excessiva. Mas não é interessante ter sol direto em todos os ambientes. Pensar em uma varanda virada para o Sul, pode ser uma ótima saída para ter um ambiente mais agradável e fresco, onde pode-se fugir um pouco do sol forte”, acrescenta.
Um segundo ponto a ser analisado é a corrosão. A escolha dos materiais é fundamental para não ter problemas futuros com a maresia. Pensar nas esquadrias, por exemplo, que devem ser resistentes e preferencialmente em alumínio ou PVC. “O PVC tem a vantagem de ser termicamente mais eficiente, ou seja, ele protege mais a entrada do calor e a saída do ar frio da casa, assim é possível economizar com o ar condicionado”, complementa a arquiteta. Outra dica da profissional é investir em luminárias blindadas para a área externa, para proteger a lâmpada da maresia e garantir uma vida útil mais longa.
Quando o assunto são os revestimentos, porcelanatos e pisos vinílicos são os mais indicados, por serem de fácil manutenção e limpeza. Dentro das contraindicações estão porcelanatos polidos e pisos de madeira, pelo risco de acidentes devido ao uso com pés molhados e, no segundo caso, pela possibilidade de danificação do material. “Em espaços externos devemos pensar em revestimentos que não aqueçam, especialmente próximos a área da piscina”, diz.
Para finalizar, é preciso pensar na funcionalidade do imóvel. Por se tratar de um espaço de reunião familiar, encontro de amigos e celebrações, os espaços sociais normalmente ganham maior destaque nas casas de praia. “Investir em uma decoração alegre e que transmita tranquilidade, móveis práticos e de fácil manutenção, plantas para trazer uma atmosfera natural para o ambiente e uma climatização que torne o espaço agradável, são imprescindíveis para deixar a residência no litoral completa”, finaliza.
Sobre Ana Johns Arquitetura:
Ana Johns é arquiteta e urbanista formada pela Universidade Positivo e mestre em Sustentabilidade e Arquitetura Nórdica pela Universidade de Aalborg, na Dinamarca. Com experiência no ramo desde 2008, a profissional já desenvolveu trabalhos internacionais – no escritório Carvalho Araújo, em Portugal – além de atuar em diversos escritórios renomados em Curitiba, como o Maganhoto e Casagrande onde exerceu a função de gerente de projetos na área de arquitetura de interiores.Com essa visão diferenciada e ampliada da arquitetura, no início de 2016 fundou o escritório Ana Johns Arquitetura, com o objetivo de desenvolver de forma consciente projetos em todas as escalas.
Serviço:
Ana Johns Arquitetura
Rua João Kososki, 357, Ecoville, Curitiba – PR
www.anajohnsarquitetura.com.br
Crédito: Projeto Ana Johns Arquitetura.
Fonte: 203 Comunicação