A Gafisa divulgou, em abril, o primeiro Relatório de Sustentabilidade da companhia, focado nos temas mais relevantes para seus stakeholders. A iniciativa é um desdobramento da Política ESG Gafisa, lançada em julho de 2021, e partiu de um extenso trabalho de construção de sua primeira matriz de materialidade, que identificou 6 temas prioritários, conectados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas: ética e transparência, responsabilidade social e corporativa, inovação para a sustentabilidade, gestão socioambiental, capital humano e gestão de fornecedores.
“2021 entrará para a história da Gafisa como o ano em que aprovamos nossa Política Corporativa ESG e construímos nossa matriz de materialidade, com metas norteadoras do futuro que projetamos e sonhamos em construir. A partir de agora, nosso objetivo é publicar este documento anualmente, reportando indicadores qualitativos e quantitativos (com dados da holding e das unidades de negócios) focados nos temas mais relevantes para nossos stakeholders”, completa Guilherme Benevides, CEO Gafisa Incorporadora e Construtora São Paulo.
Dentro das temáticas abordadas no relatório, destaque para algumas iniciativas e resultados alcançados pela companhia em 2021.
Capital Humano — De acordo com os dados do Relatório de Sustentabilidade 2021, a Gafisa aumentou 33,45% de seu capital humano, chegando a um total de 367 colaboradores no ano. Foram 154 novas posições abertas, com destaque para a taxa de rotatividade que se manteve baixa, em 6,6%. Para 78% dos funcionários, a Gafisa é um ótimo lugar para trabalhar, colaborando para atualização do certificado no GPTW 2021 (Great Place to Work).
A Gafisa também alcançou um panorama positivo em relação a presença feminina na companhia, mesmo fazendo parte de um segmento predominantemente masculino. A contratação de mulheres aumentou 28% comparado ao ano anterior – foram 73 mulheres contratadas em 2021, e 57 em 2020. No total, a companhia conta com 187 colaboradoras do sexo feminino (incluindo aprendizes e estagiárias), aumento de 41,6,7% comparado ao ano anterior. Dentro dos órgãos de governança da organização, houve aumento de 36,4% de participação feminina.
Além disso, a companhia investiu R＄ 3,9 milhões em obras, projetos e infraestruturas com benefícios às vizinhanças dos empreendimentos. O valor foi empregado para melhorias de vias públicas, paisagismo, construção de escolas, creches e postos de saúde, além de redes de drenagem, esgoto, águas pluviais e rede elétrica. O impacto positivo na vizinhança de um empreendimento e na sua região deu-se ainda com a adoção de gentilezas urbanas nos projetos, oferecendo espaço para pets, calçadas com acessibilidade, recantos verdes, entre outras iniciativas que contribuem para o desenvolvimento sustentável das comunidades onde companhia atua.
Gestão de fornecedores — Durante o ano, a companhia contratou 2.172 parceiros — 77% de origem local — para fornecimento de materiais, serviços e locação de equipamentos. Dentre o grupo de 50 novos fornecedores homologados no ano, 12% deles foram contratados com base em critérios ambientais.
Os processos de contratação da Gafisa são pautados por critérios técnicos objetivos e imparciais, que levam em consideração: qualidade do serviço, preço e relação custo-benefício, prazo para entrega, quantidade do produto ou serviço a ser contratado e assistência prestada. Todas as atividades da área de compras são monitoradas pela área de Controles Internos da companhia, que emite relatórios semestrais.
Gestão socioambiental — Outro destaque importante foi a porcentagem atingida de conformidade ambiental em suas inspeções internas, a Gafisa alcançou 80% em 2021 e a meta é atingir 85% em 2022. A companhia investiu em empreendimentos com tecnologias modernas, garantindo paisagismo urbano e vertical, reuso de água e aproveitamento de energia. O uso de tecnologias inovadoras é estimulado desde a escolha de terrenos até a entrega das chaves, contemplado em todas as etapas do empreendimento. As ações pela preservação ou minimização de danos socioambientais são pautadas pelo consumo consciente e sustentável de recursos hídricos, energéticos e de materiais, e respeito às legislações vigentes.
O consumo sustentável de energia é outro aspecto valorizado e previsto na Política ESG Gafisa. Por isso, a companhia promove iniciativas de redução de consumo de energia nos canteiros de obras por meio do uso de lâmpadas LED, instalação de sensor de presença nas áreas comuns e uso de equipamentos com selo ProCel A ou B (exceto chuveiros). Há também um projeto-piloto de placas solares em São Paulo e no Rio de Janeiro para aquecimento de água de chuveiro nos canteiros da empresa.
A Gafisa também se esforça em diminuir a quantidade dos resíduos gerados e usar de forma mais racional os materiais a fim de aperfeiçoar processos construtivos e extrair o máximo de aproveitamento dos insumos e matérias-primas, incentivando a logística reversa. Algumas iniciativas adotadas pela empresa: a madeira gerada nos canteiros de obra é destinada para a produção de biomassa; as embalagens de tinta e produtos químicos são enviadas ao projeto ProLata (para retorno à indústria de aço); os blocos de concreto quebrados retornam ao fornecedor para confecção de novos blocos; e o “entulho cinza”, composto por restos de concreto, é destinado para fabricação de areia e brita recicladas.
Inovação para a sustentabilidade — Em 2021, a companhia investiu R＄500 mil em iniciativas inovadoras nos processos da empresa e mobilizou 200 profissionais para implementar novas estratégias. Em 2021 foram mais de 170 ideias inovadoras sugeridas pelo time interno — 400% da meta traçada na implementação do programa, realizada em abril do mesmo ano.
Um dos projetos é de acompanhamento de obras que consiste na implementação de uma plataforma que integra dados de planejamento físico e financeiro de obras para facilitar medição física, inspeções de qualidade, meio ambiente e práticas de segurança, permitindo a elaboração de relatórios analíticos automatizados. Com esta metodologia, a Gafisa estima uma economia de até R＄ 1,5 mil mensais por empreendimento, totalizando uma economia estimada de R＄ 200 mil por ano, por obra. Além disso, está prevista uma economia de até 576 horas anuais de trabalho dos analistas que realizam trabalhos operacionais para elaborar relatórios de obra.
A utilização de drones é outra novidade implantada em 2021 e que facilitou o levantamento topográfico em dois terrenos e a captura de imagens 360º para auxiliar na estratégia dos empreendimentos a serem lançados. Com o trabalho realizado em conjunto com uma startup, a redução de custo foi de 68% nos dois empreendimentos, totalizando R＄ 15 mil. Considerando 15 empreendimentos em um ano, a economia da Gafisa com o projeto poderá chegar a R＄ 112 mil. Também houve redução de 66% no tempo de execução e entrega do projeto, uma economia total de 12 dias, além do aumento do nível de informação e maior assertividade dos dados colhidos.
Outra iniciativa foi um projeto-piloto com a utilização de drones para inspecionar fachadas, calcular volumes de materiais das obras, prospectar terrenos para incorporação e simular inspeções de segurança do trabalho. Os resultados foram ganho de produtividade de 93%, otimização do tempo de trabalho e redução de custo de 83%, gerando um retorno esperado de R＄ 93 mil ao ano, além de menor exposição de colaboradores a riscos.
O relatório completo pode ser acessado aqui.
