Por Marco Antônio Barbosa*
A busca por um ambiente mais seguro, aliado ao mundo de novas possibilidades que a tecnologia vem proporcionando a cada ano, está mudando um mercado crescente e que importa muito para o setor de segurança: os condomínios residenciais.
De acordo com a Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais (ABRASSP), esse mercado corresponde, hoje, há mais de 68 milhões de pessoas em todo o Brasil, que movimentam cerca de R$ 165 bilhões anualmente. A busca por equipamentos de segurança para estes espaços ainda tem como carro-chefe as cancelas e as câmeras de monitoramento, entretanto, nos últimos anos, tecnologias mais robustas e que sirvam também para intimidar mais os criminosos estão ganhando muitos consumidores.
Soluções usadas para o combate ao terrorismo em outras partes do mundo, como os bollards, por exemplo, são facilmente encontradas em condomínios. A pandemia também acelerou a busca por soluções inteligentes e de baixo contato físico, como body cams (câmeras corporais), os equipamentos touchless e câmeras com reconhecimento facial e uso de máscaras.
Esta tendência de novas tecnologias para o setor de condomínios residenciais está só no começo de uma corrida, que deve ser uma maratona bem longa, pois ainda existe muito caminho para percorrer.
Atualmente, segundo o último levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), existem 33 mil empresas que formam o ecossistema e são responsáveis por trazer novas tecnologias para mais de 12 milhões de imóveis em todo o Brasil. Pode parecer muito, mas esse número representa somente 17% das habitações que poderão receber soluções.
Esse mercado ainda deve ser bem maior, pois não contabilizamos na balança o impacto da chegada do 5G ao país. A internet mais rápida vai revolucionar a forma como consumimos tecnologia em diversos seguimentos. Na segurança, não é diferente. O 5G vai transformar os sistemas, deixando-os mais eficientes e muito mais integrados, com plataformas como Alexa, por exemplo. A segurança ficará muito mais próxima dos seus usuários. Com um toque no celular ou pedindo para a assistente virtual verificar, poderemos descobrir quem está na portaria e liberar ou não a entrada. Um mercado que faturou R$ 9,24 bilhões em 2021 e que deve crescer mais 18% este ano, segundo a Abese.
No mês de junho, esse setor deve mostrar muitas novidades na Exposec, a principal feira do mercado, que, devido à pandemia, não aconteceu nos últimos dois anos.
Uma grande oportunidade para ver de perto como as nossas residências podem ficar ainda mais seguras nos próximos anos e como elas facilitarão a nossa vida, seja para abrir a porta, receber uma compra on-line ou até parar um invasor em um caminhão antes de passar pela portaria. O céu é o limite.
* Marco Antônio Barbosa é especialista em segurança e diretor da CAME do Brasil. Possui mestrado em administração de empresas, MBA em finanças e diversas pós-graduações nas áreas de marketing e negócios.