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Domínio do BIM tem atraído desafios cada vez mais complexos para o time da Bpro Smart Engineering, que enaltece seu portfólio com obras de clientes como Fiocruz.

A intensa utilização da metodologia BIM (Building Information Modeling) em nível avançado foi a diretriz escolhida pela Bpro Smart Engineering para atender um número cada vez maior de obras com alto grau de complexidade, que chamam a atenção pela entrega em prazos recordes e, principalmente, dentro do orçamento inicialmente previsto. Um dos mais recentes desafios, um centro de pesquisa de primatas para a Fiocruz, demonstra o crescente reconhecimento do mercado sobre a capacidade de ir além da empresa em função do alto grau de tecnologia embutida em seus processos. 

Para se ter um comparativo, o centro de pesquisa de primatas é considerado cinco vezes mais complexo do que foram os projetos emergenciais da COVID-19 do Hospital, Biobanco e Centro de Testagens, realizados pela Bpro no ano passado e executados em tempo recorde. A explicação para essa notoriedade reside na forma como a Bpro desbravou o BIM e construiu conhecimento sobre modelagem e as possibilidades dessa tecnologia. “Para realizar projeto e obra de um hospital em 60 dias ou obras de alto impacto, como gestão de projetos e projetistas, o BIM é a espinha dorsal. É a ponta da ciência com a ponta da tecnologia em obra para fazer com que isso aconteça”, constata o CEO da Bpro, Thiago Weingartner. “Em um mundo onde tudo está cada vez mais rápido, melhor, mais preciso e mais customizável, é praticamente impossível fazer uma obra do porte da Fiocruz sem a filosofia BIM”, sentencia o coordenador de projetos da Bpro, Luiz Eduardo Franczak. “A eventual realização de projetos como esse no modelo convencional poderia resultar no embargo da obra por falta de compatibilidade e precisão”, avalia.


No entendimento de Giovana Faria, BIM Manager da Bpro, a construção digital basicamente possibilita identificar e antecipar problemas que antes só eram vistos e resolvidos durante a obra. “Hoje as pessoas já conhecem algumas ferramentas de modelagem, mas BIM é também Metodologia e Processo, e infelizmente o mercado ainda não está habituado a isso”, avalia. Giovana acrescenta que a característica mais importante da filosofia BIM é a colaboração. “Na Bpro, as equipes de projeto são multidisciplinares e cada projetista é especialista em uma determinada área, mas todos os envolvidos estão cientes do projeto como um todo. O objetivo é concentrar as informações em um local onde todos possuam acesso”, explica. No caso do projeto da Fiocruz, por exemplo, a Bpro utiliza a plataforma Bimsync. Nela os gestores do projeto conseguem se comunicar com todos os envolvidos, apontando problemas, visualizando modelos, documentações e informações relevantes sobre o status da obra e as futuras demandas.

Weingartner admite que é muito fácil sair do orçamento ou do prazo um projeto que envolve centenas de fornecedores. “Fazer com que isso funcione na mesma cadência é quase uma orquestra”, aponta. Mais uma vez é adoção da metodologia BIM que traz à Bpro a assertividade e previsibilidade para abraçar desafios dessa dimensão. “Outro ponto que vale ressaltar para a previsibilidade é a possibilidade de atribuir aos elementos nos projetos em BIM a etapa da obra em que eles serão executados. Conseguindo manter um cronograma de obra muito mais preciso, sabendo exatamente qual elemento foi instalado no canteiro e seu determinado dia”, destaca Franczak.

O coordenador de projetos da BPRO explica que essa precisão acontece porque no BIM, o acompanhamento é por LODs (Level of Development ou Nível de Desenvolvimento), criado pelo AIA (Instituto Americano de Arquitetura) em que os mais utilizados são: LOD 100, 200, 300, 350, 400. O LOD 100 trata apenas da representação gráfica, já o LOD 400 possibilita a determinação de todas as características para a execução, como a cor, espessura, argamassa e até mesmo a tinta específica a ser utilizada. Já nos softwares do tipo CAD, que ainda são os mais utilizados no Brasil, todos os elementos são desenhados somente por linhas, não trazendo muita noção acerca do elemento inserido e seu impacto no ambiente. “Na Bpro, realizamos os quantitativos e orçamentos com base no projeto executivo, conseguindo garantir 95% ou mais de precisão nos orçamentos”. Para se ter uma ideia do quanto isso é relevante, de acordo com as publicações The Economist e New Wiring, nos Estados Unidos são gastos cerca de 30% dos custos da construção civil em enganos e atrasos, o equivalente a U$ 650 bilhões. E ao que tudo indica no Brasil, o problema é ainda maior graças a frequência de atrasos nas obras, de orçamentos finais apresentando divergências em detrimento dos iniciais e o custo para resolução de patologias, já no momento da execução do projeto. 

Sustentabilidade e economia futura

O BIM também tem permitido um entendimento de longo prazo no que abrange a manutenção de um empreendimento, fazendo com que a decisão sobre escolha de materiais e outras soluções inclua parâmetros de sustentabilidade e economia futura. “BIM no 3D é o modelo, no 4D é o cronograma. O 5D se refere ao orçamento e o 6D trata da sustentabilidade ou desempenho”, esclarece Franczak. “Os projetos sob gestão da Bpro contemplam todas essas informações no quesito sustentabilidade. O cliente sabe exatamente o quanto de energia as placas fotovoltaicas irão gerar de fato e por quanto tempo, como também, a quantia de água da chuva que será reutilizada e a economia que isso irá trazer para o empreendimento”, afirma.

Há ainda o 7D, que trata da gestão e manutenção visando todo o ciclo de vida da obra do primeiro dia até a sua demolição. “Refere-se a um as built, com o benefício do modelo tridimensional e informativo, que propicia uma manutenção muito mais simples e fácil reparo das peças durante qualquer momento da vida da edificação”, esclarece.

Sobre a Bpro

A Bpro Smart Engineering começou como um braço da RAC Engenharia e, na sequência, virou spin-off de desenvolvimento de projetos na plataforma BIM, agregando toda a expertise com espírito de startup com a robustez de um negócio consolidado. Possui atualmente nove projetos em andamento espalhados pelo Brasil e conta com um portfólio composto por mais de 150 mil metros quadrados de obras, passando pelos setores de saúde, comercial, industrial e residencial.

Em 2020, a Bpro foi uma das responsáveis pelos projetos emergenciais COVID-19 da Fiocruz, Rio de Janeiro, com a obra de Central de Testagens, Biobanco e Hospital performando mais de 25 mil metros quadrados e impactando milhares de pessoas até hoje. Por se tratar de obras emergenciais, o principal desafio da Bpro foi trabalhar com o cronograma apertado, tarefa que seria impossível de cumprir sem o uso da metodologia BIM.