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As dificuldades não acabam, mas 2021 já mostra caminhos para o crescimento de lançamentos e o sucesso depende da adoção de uma metodologia correta de trabalho

 

Giuliano Milano*

 

Os desafios trazidos pelo ano de 2020 ensinaram aos profissionais do mercado imobiliário que é muito importante estar preparado para mudanças repentinas e ser flexível para se adaptar a todas elas e seguir em frente. Neste ano que se inicia não se pode afirmar que as dificuldades acabaram e elas vão desde o trabalho remoto e a necessidade de adesão de novas tecnologias para visitas online e gestão imobiliária até a confirmação da perspectiva de volta do aquecimento da economia. Nesse sentido, 2021 já mostra alguns caminhos para o crescimento e entre eles está a baixa taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) e o lançamento do programa Casa Verde e Amarela.

 

Atualmente, a Selic está em 2% ao ano, sendo a menor da história do país. As sucessivas reduções serviram para frear a recessão no mercado imobiliário. Ainda que não seja possível garantir que permaneça neste patamar ao longo de todo o ano, a expectativa para o mercado imobiliário em 2021 é que não tenha uma grande alta, ficando em torno dos 2,75% ao ano. Portanto, esse é o melhor momento para vender imóveis.

 

Outro incentivo é o programa do governo federal Casa Verde e Amarela, que entra como substituto do Minha Casa Minha Vida. Nesse novo formato, o foco está em três frentes: financiamento imobiliário, regularização fundiária e melhoria habitacional, possibilitando também a reforma e ampliação de casas.

 

Além disso, destaca-se ainda a herança desse período de isolamento: a busca por um novo tipo de imóvel, mais voltado para a população de maior poder aquisitivo. Com tanto tempo de reclusão, as pessoas passaram a valorizar ainda mais a estrutura que o lar pode oferecer. Não será surpresa o aumento de buscas por área de lazer completa e espaços mais distantes dos grandes centros, já que grande parte das empresas adotou o home office até o fim do estado de pandemia ou permanentemente.

 

Um ponto de atenção para 2021 é que mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento, os lançamentos virtuais devem continuar simultaneamente com os físicos. De toda forma, assim como em uma edificação, em que não existe um pilar mais importante do que outro, a metodologia para um lançamento imobiliário bem-sucedido também está calçada em três pilares que são igualmente importantes e que precisam estar alinhados em qualquer estratégia: análise, planejamento e execução. Seja o lançamento físico ou virtual. E para construí-los são necessárias algumas reflexões.

 

De que adianta idealizar um planejamento minucioso e detalhado se os dados de mercado não forem assertivos o suficiente quando levantados na fase de análise? De que adianta ser super assertivo na etapa de análise, mas na hora da execução não seguir o passo-a-passo de forma correta? E se chegar na fase de execução e lá na frente descobrir que todo o planejamento foi feito com base em um público-alvo errado?

 

Temos, portanto, inúmeras oportunidades com as mudanças decorrentes de 2020, mas o trabalho precisa ser conduzido conforme foi minuciosamente planejado e de forma orquestrada com o time para evitar tropeços na caminhada pelo ano que se inicia.

 

*Giuliano Milano é CEO e fundador da VGV SA.

Crédito: Divulgação

Fonte: Compliance Comunicação – Assessoria de Imprensa